Minha infancia no Jardim Vista Alegre (bairro de caichoeirinha zona norte de SP)

 Minha infancia no Jardim Vista Alegre (bairro de caichoeirinha zona norte de SP)


Por volta de meus seis anos e meio de idade meus pais precisam sair do bairro Elisa Maria bairro este que minha mãe gostava muito que apesar de ser favela (comunidade) ela se dava muito com as pessoas e já estava adaptada aquele lugar apesar de pouco tempo lá, mas a prefeitura fez reeinvidicação do local e foi necessário sairmos, já no bairro Vista Alegre os irmãos da igreja fez um barracão no local tipo um galpão grande e lá meus pais dividiram por comodos com móveis ficou parecendo uma grande casa de madeira, não tinha agua também sendo assim começamos a buscar agua na mina (bica de agua) era um lugar meio que abandonado a gente ia lá teve até uma época que tinha uma maquina de fazer rua abandonada no caminho que iamos para lá tinha um pequeno riacho e a bica de agua lá lavamos roupas, ou seja, minha mãe lavava e pegavamos agua para levar para casa, nós em latas pequenas e tinha um rapaz que ajudava minha mãe e levava em latas grandes quando meu pai estava em casa ele buscava também. Logo meu pai começou a cavar um poço no terreno, no parque belem tinhamos poço, no eliza Maria não deu água no poço, pode ser que até daria, mas tivemos que mudar, no vista Alegre começou a luta por isto, logo minha mãe foi se adaptando, costurando e trabalhando em alguns empregos, ela chegou a ficar doente quando estava gravida do meu irmão Levitico, doença esta que ela ficou cheia de feridas e ainda por cima abriu uma varize com ulcera varicose em sua perna eu ainda menina com 8 anos tinha que cuidar de tudo, e assim muitas vezes faltava na escola e por falar em escola a escola era muito ruim de ir, pois tinha muito bulye as crianças colocavam apelidos na gente nos apedrejavam na rua, humilhava por ser crente por ser pobre, por morar em favela, apesar que a maioria morava em favela, pois favela era o inicio no Vista Alegre, porém a maioria das ruas eram formadas por favelas e barracos, eram poucas casas de tijolos, mas o povo vivia bem quem fazia mais estas coisas de humilhassão era o pessoal de escola, inclusive uma vez um pessoal empurrou meu irmão mais velho no escadão e ele chegou cheio de machucadura em casa, minha mãe ficou muito desesperada com tudo isto, mas já a vizinhança os meninos que eram amigos dele na rua as pessoas que tinha amizade com meus pais não eram assim na rua na localidade vizinhos tanto de frente como de fundo eram muito legais assim como no Eliza Maria nos tratavam muito bem sempre ajudavam uns aos outros se minha mãe saia ou ia trabalhar os vizinhos ficavam de olho em nós como filhos e a mesma coisa minha mãe fazia pelos vizinhos. Tinha na frente de casa uma distribuidora de leite que todo final de tarde quase sempre doava leite que ia vencer aqueles leite de saquinhos antigos doavam para nós e minha mãe fazia docê fazer docê era uma das coisas que minha mãe mais gostava de fazer me lembro quando eu era pequena com uns quatro anos de idade que minha mãe ficava direto fazendo doces para nós.

Mas enfim este era o Vista Alegre lugar de contrastes de pessoas boas, mas também ruins como em todos os lugares, mas tinha uma coisa acredito eu que também era da época a gente ainda criança podia ir para vários lugares e nada de mal acontecia conosco, não era como hoje que uma criança não pode sair na rua. Tirando a situação de bulye que existia infelizmente na escola a gente superava Deus sempre nos guardava das investida e a gente conseguia sobreviver existia o lado bom do lugar também. Tinha nos domingos as irmãs que nos buscavam para levar para as igrejas na escola dominical, tinha os amigos de meus irmãos que brincavam de carrinho de roleman, entre outras brincadeiras, mas tinha o trabalho também que eles faziam como carretos em feiras, vendiam sorvetes, doces e entre outras coisas. Meus pais trabalhavam meu pai trabalhava na empresa de manhã e  atrde fazia bicos (free lance), minha mãe as vezes fazia alguma faxina ou então trabalhava em alguma empresa ou costurava nunca ficava sem trabalho apesar de ter a ferida na perna e outras situações de saude e muitos filhos, mas não parava sempre tinha trabalhos. Eu estudava na escola do João Amos Comenius no começo foi dificil até por conta do que disse antes, mas depois fomos nos adaptando, foi chegando pessoas novas e legais que nos defendiam que cuidava de nós depois mudou na frente de casa um rapaz que nos levava para a escola junto com suas irmãs e isto facilitava muito mudou um que fez amizade com meu irmão e ia para a escola com ele e assim nós acabamos nos adaptando e a vida foi melhorando. E a gente gostava muito de lá foram cinco anos que pareceram 30, a gente tinha parque em frente de casa embroa nunca fomos, mas se contentavamos em ver de longe, tinha o clube dentro da mata, tinha várias igrejas, tinha os mercadinhos que sempre iamos comprar coisas e as padarias não faltava nada na nossa casa muito pelo contrario meus pais ajudavam até os vizinhos.

No começo o que não tinha em nossa casa era agua a gente buscava agua em uma bica, que tinha um riacho e minha mãe lavava roupa lá eu ia com ela e sempre ajudava ela com pecinhas pequenas a tirar sujeira, ou então brincava na beira do riacho tinha uma agua bem limpa, mas tinha vezes que eu ficava em casa com meus irmãos, mas neste meio tempo meu pai estava cavando um poço para termos nossa própria agua, então me lembro que a ultima vez que minha mãe foi lavar roupa na mina ela ficou praticamente o dia todo lá e chegou já a noite e meu pai estava em caa tocando violão com um amigo dele. Depois ela passou a pedir para um jovem filho da vizinha buscar agua e enchia uns tambor grande as vezes também a vizinha que já tinha cavado posso deixava ela lavar roupas na casa dela e assim ela não foi mais na mina.

Neste meio tempo o nosso poço que já era bem fundo veio a dar agua e passamos a ter nossa própria agua as coisas foram se ajeitando até que meus pais já cogitavam a construir uma casa de tijolos, logo que o poço deu agua, a sabesp construi uma adutora próxima e também passamos a ter agua de rua. Então você começa a pensar o lugar melhorou em tudo eles ficaram lá então isto é sena para os próximos capitulos.

O que ocorreu vou contar nos próximos capitulos, mas enquanto não conto vou me lembrando que eu gostava muito de lá, apesar que já estava como em todo lugar tem a aparecer  coisas como pessoas que usavam droga, entre outras coisas, mas deixando esta situação de lado, vou contar o que eu mais gostava que minha mãe fazia, sabe o que era? Bolo seus bolos de aniversários eram bem grandes, uma maravilha de bolos minha mãe fazia bolos todos os meses para fazer aniversários, pois eramos muitos e sempre ia as pessoas da igreja ou minha vó em casa para participar dos aniversários as vezes minhas tias também lembro mais da minha vó, lembro até de quando morava no Elisa maria um dia ela ficou até tarde da noite em casa e a gente ficou brincando com ela de correr atras de vagalumes e ela sentada em uma cadeira no quintal porque estava calor no vista Alegre lembro de uma vez que ela ficou até de noite e estava chovendo e quando ela foi pegar o onibus ela abriu a sombrinha dela e eu amava olhar para a sombrinha dela toda colorida. A gente quase nunca tinha sombrinha ou guarda chuvas as vezes inventavamos de pegar folhas de momona e falava que era nosso guarda chuva. Mas enfim o maior sofrimento era de minha mãe porque sempre estava enferma tinha uma ferida brava no pé e bronquite.

Segue no próximo capitulo.

0 comments:

Postar um comentário

Powered By Blogger